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Boletim
Informativo da
Associação Espírita de Estudos Evangélicos Francisco de Paula Victor |
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Sobre a interferência dos Espíritos |
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Durante toda a Idade Média, acreditou-se na participação de forças demoníacas nas doenças mentais, com sérios prejuízos para a Medicina e para a sociedade. Embora o Cristo tivesse afastado “espíritos impuros” de pessoas tidas como lunáticas, a ortodoxia religiosa se utilizou daquele argumento para levar à fogueira toda uma sorte de doentes mentais, de indivíduos que serviam de intermediários entre o mundo espiritual e o mundo material e, até mesmo, de inimigos de suas idéias. Expondo este assunto, Núbor O. Facure1 explica que Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, redirecionou a interferência dos Espíritos não só na etiologia (estudo das causas) de doenças mas em todo cotidiano de nossas vidas. Então, os Espíritos deixam de ser criaturas voltadas eternamente ao mal para serem vistos como nós mesmos, seres humanos que ora percorremos a jornada da vida encarnados e ora convivemos na dimensão espiritual com todos aqueles que, irmãos nossos, aguardam a oportunidade de uma nova encarnação. Ao questionar sobre a faculdade que têm os Espíritos de penetrar os nossos pensamentos e influenciar nossos atos, Kardec anotou do ditado dos Espíritos que eles constantemente nos rodeiam, chegando a conhecer o que gostaríamos de ocultar de nós mesmos. Anotam que nem atos nem pensamentos podem ser dissimulados e que, mesmo quando nos julgamos muito ocultos, é comum termos ao nosso lado uma multidão de Espíritos que nos observam. Informam-nos, ainda, que os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova nossa fé e constância na prática do bem, embora outros também nos cerquem, esforçando-se para nos influenciarem para o bem. E advertem: “Visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem”. Desta forma, aprendemos que, através do pensamento, atraímos boas ou más companhias espirituais que nos alimentam ou nos esgotam os fluidos do princípio vital que nos sustenta. É através deste fluido que estimulamos a vitalidade de nossas células orgânicas favorecendo uma melhor sintonia com o corpo espiritual. Nesta e nas vidas anteriores, estamos ligados uns aos outros para cumprimento dos desígnios de Deus e todo desvio destes compromissos nos obriga ao resgate e à regeneração. Por isto a grande totalidade de almas encarnadas na Terra são vítimas de processos de cobranças tormentosas por parte de Espíritos perseguidores, comumente denominados de obsessores. É importante que se tenha em mente o seguinte: nós mesmos, por nossos desvios e invigilância, nos aprisionamos às formas mentais que criamos para satisfazer desejos inconfessáveis ou atraímos comparsas que usufruem conosco o clima psíquico dos prazeres terrenos. Os obsessores são Espíritos irmãos que, como nós mesmos, se comprometeram em desatinos conosco, no que se sentem vítimas e exigem a cobrança do resgate. Devemos tê-los à conta de Espíritos necessitados que ainda não se esclareceram o suficiente para perdoar e recomeçar a jornada do crescimento espiritual. Para afastá-los, vale lembrar que “sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde que com vontade firme o queira”, conforme nos ensinam os Espíritos Superiores. Kardec, citado por Facure, sugere então com nobreza: “dome suas paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo egoísmo; purifique-se, nutrindo bons sentimentos; pratique o bem; não ligue às coisas deste mundo importância que não merecem; e, então, embora revestido do invólucro corporal, já estará depurado, já estará liberto do jugo da matéria e, quando deixar este invólucro, não mais lhe sofrerá a influência. Sentir-se-á feliz por se haver libertado dele e a paz da sua consciência o isentará de qualquer sofrimento moral”. Referência: 1- FACURE, Núbor O. A Ciência da Alma De Mesmer a Kardec. São Paulo : FE Editora, 2000.
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