A formação do corpo biológico através do qual se processará as necessidades biológicas da evolução é decorrência do modelo organizador preexistente em nosso perispírito que traz consigo, impressos os mecanismos da evolução, plasmando com isso, a partir da concepção, o corpo através do qual o espírito se movimentará durante a vida humana.

            Após reencarnado, o perispírito trabalhará nos códigos genéticos existentes no DNA, acionando as moléculas fornecedoras das células que programarão a forma, enquanto o Espírito se encarregará de produzir os fenômenos emocionais e as faculdades psíquicas.

            Eis porque é de vital importância o respeito que os pais devem manter em relação ao sexo dos seus filhos, evitando interferir psiquicamente no processo da sua formação, quando o zigoto começa a definir a futura forma conforme o mapa cármico do reencarnante, portanto é de fundamental importância que o espírito reencarnado se sinta perfeitamente identificado com a sua anatomia sexual, mantendo os estímulos psicológicos de acordo com a mesma.

            É natural que os pais tenham essa ou aquela opção pela expressão sexual do ser reencarnante que será seu filho, no entanto, tal opção não deverá ter proporções em que transformará o efeito do amor em efeitos negativos.

            Os impulsos emocionais provindos dos pais optando e impondo o seu desejo sobre o ser em desenvolvimento, poderá contribuir para alterar a constituição molecular, atendendo-lhe o desejo psíquico. Não obstante, fora da programação evolutiva o espírito poderá apresentar sérios prejuízos emocionais e comportamentais.

            Quando a função emocional for diferente da forma física, encontrar-se-a o espírito em reajustamento, que deverá ser disciplinado, evitando a permissão do uso indevido do corpo que proporcionará agravantes mais severos no futuro.

            Assim, a mente do reencarnante, como o dos seus genitores, interferem expressivamente na constituição da sua anatomia, agindo diretamente nos genes e seus cromossomos, se a vontade atuante se fizer forte e constante, essa ação psíquica pode alterar, na estrutura do DNA os pares de bases nitrogenadas, modificando as disposições estabelecidas e em formação.

           Filhos com anatomia diferente da herança espiritual, em alguns casos como efeito da preferência dos seus pais, especialmente da mãe que a trabalhou psiquicamente mantendo a aspiração exagerada do que cultivou durante a gestação, apresentam transtornos de expressão e comportamento que devem ser corrigidos na infância, a fim de se não tornarem angustiantes no período da adolescência, quando da definição dos órgãos e caracteres anexos do sexo.

         A questão sexual é muito delicada e profunda, estando a exigir estudos sérios, sem as soluções da vulgaridade, apressadas e levianas, que pretendem resolver as situações conflitivas mediante sugestões para comportamentos insensatos, que violentam as estruturas morais do próprio ser, que passa então a experimentar distonia psíquica íntima ou desprezo por si mesmo, embora mantendo aparência de triunfo que se encontra distante de o haver conseguido.

         O corpo produz o corpo, que é herdeiro de muitos caracteres ancestrais da família, que sofre as ocorrências ambientais, mas só o Espírito produz o caráter, as tendências, as qualidades morais, as realizações intelectuais.

        Por isso, na vã tentativa de mudar-se o sexo, na formação embrionária ou noutro período qualquer da existência física, desafia-se a lei de harmonia vigente na criação, o que provocará distúrbios sem nome na personalidade e na vida mental de quem lhe sofrer a ingerência.

        Todo corpo merece respeito e cuidado, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.

      Educar o sexo mediante conveniente disciplina mental é o maior desafio para a felicidade, que todos enfrentam e devem vencer.

 

        Referência bibliográfica

        Franco, Divaldo P.; Dias Gloriosos; pelo espírito de Joanna de Ângelis; 2 Ed; 1999; Editora LEAL