Em recente programa exibido pela TV Globo, a apresentadora Ana Maria Braga recebeu o médium Divaldo P. Franco. Na oportunidade, ela se surpreendeu com a jovialidade do grande orador brasileiro e lhe perguntou qual era o seu segredo, ao que Divaldo, simplesmente, respondeu: alegria de viver!

            Há aproximadamente doze anos, em 1997, a Livraria Espírita Alvorada publicou a 4ª edição da obra Vida: Desafios e Soluções, de autoria do Espírito Joanna de Angelis, através da mediunidade do mesmo Divaldo. Neste livro, ela apresentara “diversos desafios que o homem e a mulher modernos enfrentam no cotidiano”.

            A própria autora reconhecera, à época, que a obra não apresentava nenhuma fórmula mágica, mesmo porque tal coisa não existe para resolver as dificuldades e problemas naturais, que fazem parte do processo da evolução. “Todas as propostas e soluções para os desafios existenciais da vida dependem de cada pessoa, do seu esforço, da sua perseverança e da sua ação confiante”, asseverou a abnegada mentora, no prefácio do livro.

            O que chama a atenção é que um dos capítulos da referida obra aborda um item sugestivo, que reporta à resposta de Divaldo à apresentadora da TV Globo, cujo título é, nada mais nada menos, que “Alegria de viver”.

            Neste item, aprendemos com Joanna que a “alegria de viver deve ser parte ativa do programa de construção pessoal da criatura inteligente. Fruir toda a magia existente no painel universal, retirando as maravilhosas concessões de completude que pairam ao alcance de todo aquele que deseja elevar-se, livre de tormentos e de amarras com o passado”. Ou seja, o processo depende inteiramente da criatura humana e está plenamente ao seu alcance.

            A alegria de viver, explica a benfeitora espiritual, constitui uma poderosa razão para o prosseguimento da atividade de iluminação. Tal alegria certamente não impede a reflexão pela dor, a espera pela saúde, a presença da enfermidade, a angústia momentânea, enfim. Mas esses fenômenos, que fazem parte do curso existencial, não eliminam a alegria, antes lhe dão motivo de atuar. E, dessa forma, sugere que a cada desafio segue uma vitória; após cada testemunho advém uma conquista; a cada empreendimento de dor se apresenta novo patamar de equilíbrio, fazendo que a alegria seja constate e motivadora para a produção de novos valores.

            Neste sentido, emerge o autoconhecimento, que revela a cada um as suas possibilidades e limitações, abrindo espaços para a renovação e a conquista de novos horizontes de saúde e plenificação, sem consciência de culpa ou estigmas. Por isso, a Psiconeuroimunologia vem demonstrar que o estado de saúde pode ser conseguido pelo próprio indivíduo que se resolve renovar e crer em si mesmo, nas suas imensas reservas de energia, no valor da suas conquistas. Perfeitamente compatíveis com a Lei de Causa e Efeito, preconizada pelo Espiritismo, as realizações positivas eliminam ou diminuem o peso das negativas e prejudiciais.

            Enfim, a alegria de viver é convite para uma existência rica de produções morais, espirituais, artísticas, culturais, estéticas e nobres. A fatalidade existencial, diz Joanna, deixa de ser viver bem, que é uma meta humana, para bem viver, que é uma conquista pessoal intransferível, especial, que jamais se altera ou se perde, gerando felicidade e trabalhando pela paz que todos almejam.