Boletim Informativo da
Associação Espírita de Estudos Evangélicos
Francisco de Paula Victor
 
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A FINALIDADE DOS PRIMEIROS RELACIONAMENTOS AFETIVOS

           Por causa dos impulsos ancestrais que predominam em sua natureza animal, é comum o ser humano, na área afetiva, comprometer-se, por precipitação e indisciplina moral, com o primeiro ser que defronta, nele despertando impulsos que favorecem as sensações fortes, terminando em lamentável fracasso.

            “Enquanto a sociedade, em geral, permanecer atrelada aos interesses imediatistas, especialmente no que diz respeito às sensações, e a afetividade expressar-se através de impulsos mal conduzidos, os resultados das uniões sexuais serão sempre frustrantes e amargos”, explica Joanna de Angelis, em Constelação Familiar (Livr. Espírita Alvorada, 2008).

            Não poucas vezes, em razão dessa falsa necessidade de atendimento das funções genésicas, quando a criatura reencontra o espírito com o qual houvera assumido o compromisso de união para a edificação da família e as possibilidades já não são favoráveis, produz-se grande desconforto, dando lugar a conflitos tormentosos de efeitos deploráveis.

            O excesso de liberalidade moral que viceja na atualidade e as apetitosas ofertas de prazer facultam experiências irresponsáveis por falta do necessário amadurecimento psicológico para os cometimentos sexuais, que se fazem apressados e extravagantes.

            Não pensando em suas consequências, quando ocorre a concepção de seres não desejados, é comum indivíduos pensarem em recorrer ao aborto criminoso. É claro que, na estrutura emocional daqueles que assim se comportam, não existe espaço mental nem moral para a construção do núcleo familiar.

            Em face disso, surgem muitas uniões e separações, cada vez mais perturbadoras, porque logo passam os apetites vulgares, gerando comportamentos promíscuos, nos quais os indivíduos ansiosos mais se afligem.

            Certamente há grandiosas e inumeráveis exceções, particularmente naqueles espíritos que se permitem esperar pelo ser que lhes proporcione emoção e alegria de viver, facultando a ambos a união feliz, coroada pelos filhos com os quais estão comprometidos.

            Numa cultura social saudável, explica a generosa benfeitora espiritual, “os primeiros relacionamentos afetivos têm por finalidade a vivência do companheirismo e o desabrochar da amizade, passo inicial para a manifestação do amor sem perturbação e com caráter duradouro”.

            O namoro, portanto, é o primeiro passo no caminho a percorrer afetivamente, quando há o respeito moral recíproco e o anelo pela convivência benéfica.

            Embora seja essencial a união sexual, o fundamental é o sentimento de amor que pode resistir aos embates do relacionamento a dois e, depois, com o grupo de espíritos reencarnados, constituindo o santuário doméstico.

            A constelação familiar encontra, no namoro, a pedra angular para o futuro alicerce doméstico, que deverá resistir às tormentas do quotidiano.

            Familiares difíceis ou gentis procedem, portanto, da programação anteriormente traçada, que o amor do casal conseguirá conduzir com sabedoria.

            E quando problemas se apresentarem entre os parceiros, a consciência do dever se encarregará de bem orientar o comportamento de ambos em favor do êxito do empreendimento familiar.


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