“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles”. (São Mateus, cap. V)

“Mas, ai de vós, ricos! Porque tendes vossa consolação neste mundo. Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que rides agora, porque sereis reduzidos ao pranto e às lágrimas”. (São Lucas, cap. VI)

 Com essas palavras, nos é permitido refletir o mundo moderno a qual vivemos, e talvez refletir questões do tipo: Por que sofremos nesta vida? E quanto às crianças que sofrem desde pequenas sem nem saber o que é certo ou errado? E ainda tem os que nascem com problemas mentais ou deformidades, o que poderiam ter feito eles para merecer nascer assim carregando tal deficiência para o resto da vida? E ainda os que têm uma vida infeliz, cercada de problemas que parecem nunca cessar? E o que dizer daqueles que a Terra vem, e mal chegando já partem? E outros que por um acidente perdem uma habilidade a qual se utilizam para trabalhar? Como se explicam estas questões, e inúmeras outras que estão presentes no dia a dia?

 Será que Deus faz um sorteio privilegiando uns e prejudicando outros? Será isto sorte ou acaso do destino?

Pois então, tudo não pode ser explicado com lógica em apenas uma só vida. Se assim fosse, não faria sentido. Todos deveriam ter uma vida exatamente igual, com os mesmos direitos de gozá-la, e a mesma carga de sofrimentos. Será que isto não seria monótono? Onde se encaixaria a justiça divina?

Isaac Newton, já há muitas décadas atrás, não nos deu apenas a fórmula que rege a física ou matemática, mas que também explica os sofrimentos. Estranho não é?

Trata-se de “ação e reação”. Nada melhor para exemplificar isto, do que a reencarnação. Se a pessoa come demais, a mesma irá engordar e pior, virá a sofrer doenças devido aos excessos. Da mesma forma, se fecharmos as portas ao próximo, sendo orgulhosos, mal educados, sem paciência, muitas vezes cometendo crimes, seguramente iremos responder, seja nesta vida ou no porvir.

O sofrimento é edificado por nós mesmos. Façamos o melhor hoje, para descansarmos amanhã, reduzindo o nosso sofrimento.

Os males existentes em nosso planeta formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida; o homem os evitará quando trabalhar para o seu aprimoramento moral, tanto quanto para seu aprimoramento intelectual.

Deus quer o progresso de todas as criaturas, por isso não deixa uma só falta, por pequena que seja uma só infração à sua lei, que não tenha conseqüências forçadas e inevitáveis mais ou menos tristes, de onde se segue que, nas pequenas ou nas grandes coisas o homem será sempre punido pelo que pecou.

Os sofrimentos são as conseqüências, uma advertência do erro, alertando a necessidade de se melhorar, para evitar no futuro uma fonte de desgostos...