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Boletim
Informativo da
Associação Espírita de Estudos Evangélicos Francisco de Paula Victor |
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Perguntas que nos fazem |
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RIE – Como cultivar a paz interior num mundo tão conturbado? Divaldo – A paz interior, aquela que vem de Jesus e que resulta dos pensamentos edificantes, das palavras iluminativas e das ações dignas, resiste a todas as agressões de fora, porque harmoniza o ser e o faz compreender as dificuldades. No silêncio da oração, na reflexão em torno dos deveres e na ação contínua da solidariedade fraternal, distende-se a paz como um perfume ou uma claridade que se irradia de um foco, eliminando as conturbações, qual um algodão que amortece uma pedrada… RIE - Estamos vivendo a hora do testemunho coletivo e individual? Divaldo – Realmente, estes dias são caracterizados pelos testemunhos individuais e coletivos. Enquanto o planeta estertora, adaptando as camadas tectônicas e produzindo tsunâmis, terremotos, erupções vulcânicas, secas e enchentes, tempestades devastadoras, conforme sempre houve no passado, alterando a própria estrutura, a sociedade como um todo padece injunções muito graves, como dantes nunca houve, embora as terríveis fases vividas anteriormente…Essas calamidades coletivas, às quais associamos os incêndios, os desmoronamentos, o terrorismo, as guerras, as epidemias, as revoluções e outros fenômenos destrutivos, que comovem a sociedade, têm por objetivo despertar também as consciências para a reflexão em torno da transitoriedade da vida física, do esforço que se deve empreender em favor da paz interior e da harmonia geral, constituindo motivos de provas e de expiações para os indivíduos que optam pelas ilusões e anestesia da consciência. Também alcançam as mulheres e os homens de bem, portadores de fé, de conduta irreprochável, porque a dor não apenas é instrumento de purificação, fomentadora do progresso moral, como também fenômeno natural de desgaste a que está submetida a organização física, aprimorando a moral e a espiritual do ser. RIE – Nesse momento conturbado de grande transição verificam-se diversos desvios das práticas espíritas no nosso movimento espírita. Como devem agir os dirigentes espíritas? Divaldo – O fenômeno que ocorreu com o Cristianismo nascente, depois com o luteranismo e outras doutrinas, inclusive as filosóficas, vem sucedendo com o Espiritismo. Grande número de pessoas, imaturas umas, presunçosas outras, prepotentes mais outras, e de diversas condutas emocionais, aderem às idéias novas para servir-se e não para as servir. Ao entusiasmo inicial sucedem-se a arrogância, o egoísmo desmedido, e logo passam a modificá-las a seu bel-prazer. Promovem as lamentáveis alterações e divisionismo. Infelizmente, esse fenômeno é típico do período de transição moral planetária que estamos vivendo. O Espiritismo, porém, na sua magnífica estrutura monolítica, sobreviver-lhes-á, porque a desencarnação os arrebatará e os seus seguidores logo se extraviarão, desnorteados. Acredito que os dirigentes espíritas devem permanecer fiéis à codificação, preservando os valores doutrinários e vivenciando-os, porque os modismos passam, não atacando essas vertentes filhas da vaidade e da prosápia dos seus líderes que, não tendo quem os combata para assumir posição de vítimas, debilitam-se e desaparecem. O silêncio, nesses casos, acompanhado das ações dignas e coerentes com a Codificação constitui o melhor contributo para a preservação do Espiritismo conforme o recebemos de Allan Kardec e dos nobres missionários que vieram para dar-lhe sustentação e mantê-lo digno para as gerações do futuro. Revista Internacional de Espiritismo |
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