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Francisco de Paula Victor

    Nas palhas de uma senzala (morada dos negros daquela época), na cidade de Campanha (MG) nascia no dia 12-04-1827 Francisco de Paula Victor.
    Filho da escrava Lourença Maria de Jesus e de pai desconhecido, o pequeno escravo com a sua meiguice, humildade e serviência conquistava a simpatia de todos principalmente de sua patroa e madrinha Dona. Mariana Bárbara Ferreira, que cuidou da sua educação, alfabetizando-o.
    Notando suas qualidades morais e a grande facilidade com que tinha em aprender, destinou-o à carreira sacerdotal. Doando metade da sua fazenda denominada Conquista, localizada em Campanha MG., como dote (dote este exigido pela igreja) para que pudesse ingressar no Seminário em Mariana - MG.
    Em pleno regime de escravidão no Brasil, onde o negro não tinha vez, nem voz, considerado até sem alma, e tratado como animal, podemos avaliar as dificuldades que esse negro de alma branca enfrentou.
    No seminário passou por muitas humilhações. Seus colegas seminaristas "brancos" se recusavam a aceitar conviver com um ex-escravo. Chamavam-no de Negro Beiçudo, exigindo que realizasse os piores serviços que estavam a cargo dos
seminaristas,
    O estudante negro, sem nenhuma relutância, executava as recomendações recebidas aceitava tudo com resignação, procurando fazer bem as tarefas que lhe determinavam. Soube compreender, perdoar e amar aqueles que o ofendiam. Com sua docilidade conquistou logo o afeto de todos os seminaristas, que passaram a considerá-lo. Já ninguém se envergonhava de sua companhia, e todos com ele ombreavam fraternalmente.
    Depois de ordenado padre, exerceu a função de vigário na paróquia de Três Pontas, durante 53 anos. Enfrentou as mesmas dificuldades do seminário, mas superou todas as barreiras do preconceito cumprindo gloriosamente a sua missão, conquistando com seu exemplo cristão, não só os habitantes de Três Pontas como também os da região.
Paula Victor pregava pelo exemplo, a fé, a esperança, a fortaleza, a prudência, a justiça, a temperança, a humildade, o amor a Deus e sobretudo a Caridade.
    Visitava os doentes, amparava os inválidos, amando a Deus na pessoa de seu semelhante, de modo especial, dos mais pobres.
    Vivia de esmolas, dando esmolas.
    Desencarnou em 23 de setembro de 1905, ficando insepulto por três dias, exposto a visitação pública, de seu corpo, exalava perfume.
    Em 1929, a população ergueu na Praça, que tem o seu nome, uma "Herma" contendo os seguintes dizeres: "Sua vida foi um evangelho, sua memória a consagração eterna de um exemplo vivo. Homenagem ao valor e à virtude".

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