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Francisco de Assis

Na visão espírita, Francisco de Assis fora João Evangelista, aquele discípulo querido, responsável pela vida de Maria, após a volta de Jesus ao seu verdadeiro reino. Daí talvez explique a adoração de Francisco à Nossa Senhora.

Sua mãe queria chamá-lo de João, mas seu nome foi mudado para Francisco depois de um sonho que seu pai teve pouco antes da criança nascer onde João Evangelista pregava e falava lindas palavras de amor para ele, detalhe, nesta época João Evangelista trocou de nome para fugir dos assassinos dos cristãos, seu novo nome era Francisco, Pai Francisco para seus fiéis amigos.

Seu pai Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, sonhava fazê-lo homem de negócios e de fortuna, mas Francisco, de gênio alegre e cavaleiresco pensava mais nas glórias do mundo do que nos negócios.

Em 1202, com 20 anos, foi a guerra entre sua cidade natal e Perusa, ao partir, jurou voltar consagrado cavaleiro. Caiu prisioneiro, ficando um ano na prisão. Comportou-se com serenidade, levantou a moral dos seus companheiros, transmitindo confiança e alegria. Foi resgatado pelo pai, por estar muito doente e permaneceu um tempo em Assis para sua recuperação.

Primeiro chamado Divino

Refeito da grave doença e em período de transição que mudou sua vida, encontrava-se caminhando fora da cidade, quando viu um leproso vindo na sua direção, ficou apavorado pois tinha horror desta doença, quis fugir, mas manteve-se firme, dirigiu-se ao doente, beijou-lhe as mãos e o rosto, em demonstração de afeto e encheu-lhe a bolsa de moedas, com generosidade.

Ao retirar-se sentiu-se vitorioso e voltou-se para ver uma vez mais o estranho, não logrou perceber figura alguma na estrada, o homem desaparecera misteriosamente. Após este fato sentiu o chamado de Deus.

Enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: "Francisco, restaura minha igreja". O chamado, ainda pouco claro para Francisco, foi tomado no sentido literal e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha.

Seu pai, não aceitou seu modo de vida e quis apenas receber o dinheiro que Francisco gostaria de gastar com os pobres e com a igreja. Francisco resolve entregá-lo com amor, pois não era apegado a este bem. Vai ao bispo e renuncia a tudo, e sem mais, tira sua roupa e fica nu perante todos, livre assim a tudo que o prendia a seu pai terrestre.

Foi assim que Francisco tratou de desprezar a própria vida mundana para encontrar como pobre a felicidade que tanto almejava. Saiu em busca de sua paz ajudando doentes, confortando miseráveis e leprosos, amando todos como irmãos.

Amava tanto a Deus que lutava constantemente pela salvação das almas, seu amor ao próximo era tão intenso que quando não podia mais andar e quase cego, percorria as terras montado em um jumento para levar a benção do Senhor. Em seu amor a Deus sempre repetia: "Senhor! Minha alma tem sede de Vós e meu corpo mais ainda".

Em uma noite memorável, pediu humildemente a Jesus, que, mesmo não merecendo tanta glória, se fosse da vontade Divina, que as chagas imortalizadas pelo Mestre tomasse conta de seu maltratado corpo. Acordou então com chagas nos pés e nas mãos.

Em 3 de outubro de 1226, com 45 anos, o planeta perde o seu maior representante divino. Ao desencarnar, Francisco viu então uma fila de anjos batendo palmas e Jesus no centro, aproximou-se chorando como criança e falou ao Mestre: "Mestre, se porventura mereço a tua benção, que ela seja dada aos companheiros que ficam no mundo. Eles carecem da Tua ajuda agora e sempre."

Prece de Francisco de Assis

Não há quem não se emocione ao ler ou cantar a oração de Francisco de Assis, verdadeiro poema que reflete o amor daquela alma seráfica, daquele Espírito que veio ao mundo, em um dos momentos mais negros da nossa história e mostrou a todos o  poder do Amor Purificado diante das trevas do mundo.

Senhor, Fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre, fazei que eu procure mais.
Consolar que ser consolado.
Compreender que ser compreendido.

Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
Perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna!

 

A vida de São Francisco de Assis é repleta de inúmeras virtudes, o calor de seu iluminado espírito, desejando sempre imprimi-lo aos seus queridos filhos, o ardor na busca devotada à Paixão de Jesus Cristo, são gestos que impressionam e são admirados por toda a humanidade.

São Francisco de Assis tudo transformava, através do amor universal, humildade e compaixão. O homem santo não teme perder sua pureza, no meio dos impuros. Do mesmo modo que Cristo mostrou a vida vivendo entre os sofredores e entre os humildes, São Francisco se mistura aos doentes, aos desesperados e aos pobres. E é pelo esforço constante em direção à partilha do que lhe é dado com aqueles que não têm nada, que se fortificam suas aspirações e seus méritos, ao mesmo tempo que suas faculdades espirituais.

Amava intensamente a Deus e ao próximo, vivia à luz de uma fé profunda, que compartilhava com os pobres e abandonados. Sua vida era de orações e sacrifícios, para fundir-se com Aquele que tanto amava. Doava-se com franca generosidade, como se estivesse doando-se ao próprio Jesus.

São Francisco era um místico em toda a essência da palavra, pois tinha a total percepção das personalidades divinas, o contato com o plano espiritual era constante e lançava-se sem medo em direção do Pai que lhe dava a vida, em direção ao Filho que lhe dava o processo intelectual através do Verbo e através do Amor, e ia em direção do Espírito Santo que o iluminava constantemente.

São Francisco é um exemplo para a humanidade, seja durante a reflexão, na meditação, na angustia, na dor ou no sofrimento. Nele se encontra o perdão, tal como Jesus o ensinou e a generosidade para atuar na vida.

Que São Francisco continue a ser um exemplo de paz e de serenidade para todos àqueles que procuram a luz e que faça reverberar em seus corações os resplendores da Graça Divina.